terça-feira, 21 de abril de 2015

Tudo o que você precisa saber sobre a AIDS e o vírus HIV




A AIDS é considerada um dos maiores problemas da atualidade. Tanto por atacar ao mesmo tempo muitas pessoas de uma mesma região, quanto pela gravidade da doença. Dentre as DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis) ela é a mais grave. A infecção se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico. Ele destrói os glóbulos brancos, enfraquecendo o sistema de defesa do organismo.
Na maioria dos casos, a forma de transmissão do vírus HIV é por relações sexuais. Pois, durante a relação sexual desprotegida, ou seja, sem o uso do preservativo, há a possibilidade de uma pessoa contaminada através da sua secreção, ou esperma, transmitir o vírus para o seu parceiro ou para a sua parceira. Se esse esperma ou secreção estiver contaminado com o vírus HIV, cairá na corrente sanguínea da pessoa sadia e começará a se multiplicar. Ao mesmo tempo em que ele se replica, ele mata as células de defesa. Dessa forma, o paciente diminui a capacidade da sua resistência imunológica de se defender contra doenças comuns. Assim, uma gripe pode provocar a morte da pessoa infectada.
Quando o paciente adquire o vírus através de uma relação sexual, existe um período denominado de janela imunológica, que é aquele período em que o paciente está infectado, mas ainda não aparecem os anticorpos nos exames de laboratório. Esse período dura entre 60 a 90 dias. Dessa forma, o paciente só vai saber se está infectado a partir de dois meses da relação sexual desprotegida.  Se nesse período, essa pessoa que foi contaminada se relacionar sem camisinha com outras pessoas, poderá transmitir o vírus, mesmo não sabendo que é portadora.
Logo que uma pessoa acaba de ser infectada pelo vírus HIV, o sistema imunológico começa a ser atacado pelo vírus no período de duas a seis semanas, fase chamada de infecção aguda. Nesta fase podem aparecer sintomas parecidos com o da gripe, como febre, dor de garganta, náuseas e vômitos. Tempos depois o paciente entra em uma fase silenciosa, pois ele não sabe que é portador do vírus, não possui sintomas, porém ele é potencialmente capaz de transmitir o vírus HIV.
Em contrapartida, ter o vírus HIV ou ser soropositivo não significa possui a doença AIDS. Existem muitos infectados que possuem anos sem desenvolver a enfermidade. Geralmente, os sinais levam muito tempo para aparecer, por isso deve-se fazer o teste anti-HIV. Quanto mais cedo descobrir o diagnóstico, maior será a qualidade de vida desse paciente. Dessa forma, o médico poderá entrar com a medicação na data certa e propor a pessoa uma melhor qualidade de vida.
A AIDS é uma doença que pode afetar qualquer pessoa, homens, mulheres e até crianças que podem adquirir o vírus na gestação ou até na amamentação.  Porém, para evitar o contágio, já existem tratamentos muito eficazes. Para que isso ocorra, os cuidados devem ser tomados desde o pré-natal. Antigamente, um casal soropositivo, ou seja, pessoas infectadas com o vírus HIV, não poderiam ter filhos. Contudo, com o avanço da ciência, o casal pode engravidar e, em grande parte dos casos, não transmitir o vírus para a criança. Em contrapartida, para que isso ocorra, a mulher deve ser encaminhada para um centro de referência, realizar seus exames e, dessa forma, ser acompanhada por um médico infectologista.
Diante disso, a gestante soropositiva faz uso dos medicamentos antirretrovirais, que não fazem mal alguma para o bebê, como também, para mãe. Uma vez que, esse fármaco irá impedir que o vírus infecte a criança. Quando a mulher entra em trabalho de parto, ela recebe no soro a medicação antirretroviral. Desse modo, assim que o bebê nasce, ele é levado para o berçário e lá começará a tomar uma medicação específica. Essa medicação deve ser aplicada até os 18 meses de vida.

Portanto, a mãe deve ser orientada a não amamentar o recém-nascido e a lactação deve ser inibida. Substitutos do leite materno devem ser instituídos na alimentação do bebê. Caso a gestante cumpra todas essas etapas, do pré-natal até os 18 messes de vida da criança, a chance de que haja a transmissão do vírus HIV da mãe para o filho, ou seja, verticalmente, é próximo de 0%. A AIDS não tem cura, contudo, o Sistema Único de Saúde oferecem mecanismos capazes de fazer com que tenhamos uma melhor qualidade de vida. 
José Lucas Andrade
Liliane Gomes de Oliveira
Maria Madalena Martins de Lemos

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