A
AIDS é considerada um dos maiores problemas da atualidade. Tanto por atacar ao
mesmo tempo muitas pessoas de uma mesma região, quanto pela gravidade da
doença. Dentre as DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis) ela é a mais grave.
A infecção se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico.
Ele destrói os glóbulos brancos, enfraquecendo o sistema de defesa do
organismo.
Na
maioria dos casos, a forma de transmissão do vírus HIV é por relações sexuais.
Pois, durante a relação sexual desprotegida, ou seja, sem o uso do
preservativo, há a possibilidade de uma pessoa contaminada através da sua secreção,
ou esperma, transmitir o vírus para o seu parceiro ou para a sua parceira. Se
esse esperma ou secreção estiver contaminado com o vírus HIV, cairá na corrente
sanguínea da pessoa sadia e começará a se multiplicar. Ao mesmo tempo em que
ele se replica, ele mata as células de defesa. Dessa forma, o paciente diminui
a capacidade da sua resistência imunológica de se defender contra doenças
comuns. Assim, uma gripe pode provocar a morte da pessoa infectada.
Quando
o paciente adquire o vírus através de uma relação sexual, existe um período
denominado de janela imunológica, que é aquele período em que o paciente está
infectado, mas ainda não aparecem os anticorpos nos exames de laboratório. Esse
período dura entre 60 a 90 dias. Dessa forma, o paciente só vai saber se está
infectado a partir de dois meses da relação sexual desprotegida. Se nesse período, essa pessoa que foi
contaminada se relacionar sem camisinha com outras pessoas, poderá transmitir o
vírus, mesmo não sabendo que é portadora.
Logo
que uma pessoa acaba de ser infectada pelo vírus HIV, o sistema imunológico começa
a ser atacado pelo vírus no período de duas a seis semanas, fase chamada de
infecção aguda. Nesta fase podem aparecer sintomas parecidos com o da gripe,
como febre, dor de garganta, náuseas e vômitos. Tempos depois o paciente entra
em uma fase silenciosa, pois ele não sabe que é portador do vírus, não possui
sintomas, porém ele é potencialmente capaz de transmitir o vírus HIV.
Em
contrapartida, ter o vírus HIV ou ser soropositivo não significa possui a
doença AIDS. Existem muitos infectados que possuem anos sem desenvolver a
enfermidade. Geralmente, os sinais levam muito tempo para aparecer, por isso
deve-se fazer o teste anti-HIV. Quanto mais cedo descobrir o diagnóstico, maior
será a qualidade de vida desse paciente. Dessa forma, o médico poderá entrar
com a medicação na data certa e propor a pessoa uma melhor qualidade de vida.
A
AIDS é uma doença que pode afetar qualquer pessoa, homens, mulheres e até
crianças que podem adquirir o vírus na gestação ou até na amamentação. Porém, para evitar o contágio, já existem
tratamentos muito eficazes. Para que isso ocorra, os cuidados devem ser tomados
desde o pré-natal. Antigamente, um casal soropositivo, ou seja, pessoas
infectadas com o vírus HIV, não poderiam ter filhos. Contudo, com o avanço da
ciência, o casal pode engravidar e, em grande parte dos casos, não transmitir o
vírus para a criança. Em contrapartida, para que isso ocorra, a mulher deve ser
encaminhada para um centro de referência, realizar seus exames e, dessa forma,
ser acompanhada por um médico infectologista.
Diante
disso, a gestante soropositiva faz uso dos medicamentos antirretrovirais, que não
fazem mal alguma para o bebê, como também, para mãe. Uma vez que, esse fármaco
irá impedir que o vírus infecte a criança. Quando a mulher entra em trabalho de
parto, ela recebe no soro a medicação antirretroviral. Desse modo, assim que o
bebê nasce, ele é levado para o berçário e lá começará a tomar uma medicação
específica. Essa medicação deve ser aplicada até os 18 meses de vida.
Portanto,
a mãe deve ser orientada a não amamentar o recém-nascido e a lactação deve ser
inibida. Substitutos do leite materno devem ser instituídos na alimentação do
bebê. Caso a gestante cumpra todas essas etapas, do pré-natal até os 18 messes
de vida da criança, a chance de que haja a transmissão do vírus HIV da mãe para
o filho, ou seja, verticalmente, é próximo de 0%. A AIDS não tem cura, contudo,
o Sistema Único de Saúde oferecem mecanismos capazes de fazer com que tenhamos
uma melhor qualidade de vida.
José Lucas Andrade
Liliane Gomes de Oliveira
Maria Madalena Martins de Lemos
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